CAPITÃO HENRIQUE JOSÉ
BARBOSA
“O
Herói de duas Guerras”- Nasceu em Canguçu em 19/08/1820, filho de Antônio José
Barbosa, natural de Guilhufe, Portugal e de Maria da Silva Mota, natural da
Freguesia de Nossa Senhora da Conceição. Foi batizado em 27/08/1820, pelos
padrinhos Francisco Ferreira de Souza e esposa Joana Leite.
Era
casado com Anna Izidra Ferreira Leite, nascida em 15/05/1833 e que faleceu em
1920 com 87 anos.
Tiveram
os seguintes filhos: Henrique José, Balthazar José, Anna, Antônio, Maria e Francisco
José, o qual não chegou a conhecer, tendo este nascido em 1865, início da
Guerra do Paraguai.
O
Capitão Barbosa, embora já houvesse constituído família, não hesitou em
participar da “Brigada de Voluntários Riograndenses”, ao comando do General Antônio
de Souza Neto, herói de 35, composta de 1500 cavalarianos e a quem coube, em
nome do Império, fazer a vanguarda na Campanha de Intervenção no Uruguai, a
favor da “Cruzada Libertadora”, do General Venâncio Flores, grande amigo do
Brasil, que se alçava em armas contra a autoridade do Presidente Atanásio Cruz
Aguirre, que entre outras, praticava uma série infinda de agravos às pessoas e
bens de brasileiros domiciliados no Uruguai.
O
Capitão Barbosa, bravo e sobretudo, cônscio de
seus deveres de cidadão brasileiro, não resistiu ao chamado da Pátria
ultrajada e partiu novamente para a Guerra, na luta contra Solano
Lopes no Paraguai. Guerra esta, que duraria seis longos anos. Participou como
oficial do “14° Corpo de Voluntários de Cavalaria de Canguçu”, que juntamente
com Piratini e Pelotas integravam a “Brigada de Voluntários” e o Corpo de
Exército”, contingentes que participaram das vitórias de Humaitá, Avaí, Lomas
Valentinas e Curuzu, Glórias do Exército Brasileiro.
Henrique
José Barbosa, embora tendo enfrentado as dificuldades e carências de ensino,
que então se fazia sentir em toda a província, adquiriu uma boa cultura,
principalmente para a época, foi homem de fé inabalável, esposo dedicado e pai
extremoso, virtudes que se evidenciam em
sua vasta correspondência, enviada a esposa de 1855 a 1867 e das quais 28
cartas, foram salvas do extravio.
Ainda
poderíamos falar sobre sua vida, seus sonhos, seus ideais e que afinal não pode
realizar, no entanto vamos finalizar com o que disse dele o historiador
canguçuense, Coronel Cláudio Moreira Bento, nas comemorações alusivas ao
“Centenário do Término da Guerra do Paraguai”, em 1970, no Rio de Janeiro:
“Capitão
Henrique José Barbosa
Herói
de duas Guerras
Bravo
Cavalariano- voluntário de Antônio Neto
Tuas
cartas, conservadas com veneração pelos teus pósteres
Trazem-nos
a lembrança e após um século
Teus
sofrimentos, tuas privações e, sobretudo, tuas saudades
De
teus entes queridos e do teu amado Canguçu
Os
quais não tivestes a ventura de rever ou abraçar
Pois
tombastes no campo santo da honra
Em
holocausto a Pátria Brasileira
Pesquisa- Marlene
Barbosa Coelho - 1985
.
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